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Aqui está a continuação do último poste desta rubrica. Espero que gostem, e deixem aqui o vosso comentário!
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Maldito feriado! Detesto o 5 de Outubro!
Acordei com o meu telemóvel a vibrar
por baixo da minha almofada. Nem me dei ao trabalho de ir ver, pois pensei que
a mensagem seria da minha mãe a dizer que tinha saído para ir caminhar, tal
como ela fazia todas as manhãs de fim-de-semana e feriados. Virei-me para o
outro lado e voltei a adormecer. Acordo novamente com o meu telemóvel a vibrar.
Se fosse a minha mãe ela só mandava uma mensagem. Não precisava de duas. Agora
pensei que seria uma amiga minha a pedir-me ajuda para uns trabalhos de casa. Que
típico! Já era tarde e eu já estava acordada, por isso levantei-me e fui fazer
a minha rotina matinal. Tal como eu calculava a minha mãe não estava em casa,
por isso estava à vontade. Fui ver televisão, fui para o computador, fui fazer
os trabalhos de casa e só depois é que me lembrei do telemóvel, que começou a
vibrar novamente, mas desta vez era uma chamada. Já não fui a tempo para
atender, e quando peguei no telemóvel, tinha duas mensagens recebidas e uma
chamada não atendida. Quando vi o autor da chamada, fiquei bastante admirada
por me teres ligado. Já não falávamos à bastante tempo, muito menos por
telemóvel. Mas o que é que tu querias? Ponderei em ligar-te de volta, mas ainda
estava com voz de sono, e provavelmente não queria ouvir o que tu me querias
dizer. Resolvi ver também as mensagens. Como já tinha feito os trabalhos de
casa, já conseguia responder a uma bombardeada de perguntas idiotas. Qual não
foi o meu espanto quando vi que as mensagens pertenciam a ti! Estava bastante
reticente em lê-las, mas estava curiosa em saber o que te tinha dado tanto
trabalho para escreveres um relatório de duas mensagens. Resumidamente dizias
que nós éramos as únicas da turma que nos dávamos mal (ou melhor, não nos dávamos…),
e que quando me vias a falar com as outras do teu grupo, também querias falar
comigo, etc. A tua última frase foi “sei que o mais provável é não responderes,
mas esperava que dissesses qualquer coisa…”. Conheces-me bastante bem, mas tal
como tu mudaste eu também mudei, por isso não podia perder uma oportunidade
como esta de te atirar tudo à cara. E foi o que fiz. Mandei-te quatro sms
gigantes em que exprimia em tudo o que eu passei por tua causa. Não deve ter
sido bonito de ler, mas foi bastante gratificante de escrever, acredita!
Continuamos a trocar sms pela noite
dentro, em que eu chorava sempre que lia uma mensagem tua… Assumiste as culpas
todas, e pedis-te desculpa mais do que uma vez, o que me surpreendeu bastante!
Basicamente eu pedi-te para me dares tempo para pensar, que na altura pensei
‘tempo para arranjar uma resposta’. Mas no dia seguinte, já tinha outra
opinião: ia reparar mais em ti, ver se tinhas mudado e saber se estavas mesmo
interessada em voltar a falar comigo. Mas acima de tudo queria perceber o que
eu sentia em relação àquilo tudo, em relação à nossa amizade.
Passou-se uma semana, na qual eu não
falei da nossa conversa a ninguém.
Estava no Douro, algures no meio do
rio (o meu pai tem um barco), sem nada para fazer, por isso comecei a olhar
para o telemóvel, e pensei ‘Porque não?’
Estivemos a falar até altas horas,
mas a conversa ia sempre dar à divisão da turma. Nós estávamos em ‘grupos
opostos’ logo não podíamos falar todos os dias para tentarmos resolver as
coisas com o tempo.
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Hoje em dia, digamos que não estou em
nenhum dos grupos, falo com toda a gente e dou-me bem com todos. Os grupos
continuam a existir, embora já se falem de vez em quando… Eu ando a saltar de
um lado para o outro. Apesar de não ser fácil, acho que prefiro assim, por cada
um dos grupos tem os seus extremos, por isso posso escolher onde quero estar.
Já falo com ela, mas é muito mais
fácil falar com ela por mensagem ou msn, porque ainda continua a ser estranho
falar com ela cara à cara sem ser completamente à vontade…
Talvez ainda voltemos ao que éramos.
Quem sabe….
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Dou muito valor à amizade, talvez mais do que ao amor, por isso é que
isto me afectou tanto
Digam-me o que pensam. Será que fiz alguma asneira irremediável?
2 comentários:
Por acaso não me ri assim muito. Numa parte quase que chorava :s
vais ver que vais adorar o secundário :)
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